Os militantes da distrital do PSD/Porto elegem novo líder no próximo dia 6 de dezembro. Celso Ferreira, candidato à presidência deste órgão, lança duras críticas ao atual presidente e recandidato Virgílio Macedo que acusa de ser responsável pelos piores resultados de sempre na distrital.

Em entrevista ao nosso jornal o presidente da câmara de Paredes garante que há militantes a serem “ameaçados” para apoiar o atual líder e que as eleições foram antecipadas com o objetivo de “fazer com que as pessoas não tenham tempo para contestar”.  

 

Apresentou oficialmente a sua candidatura à distrital do PSD/Porto há cerca de duas semanas. O atual líder e recandidato Virgílio Macedo disse que a sua candidatura era inesperada e acusou-o de não apresentar um projeto político alternativo. Que tem a dizer sobre estas acusações?

Não concordo porque nós concorremos a um partido político e o objetivo de um partido, seja ele qual for, é vencer eleições e depois implementar políticas que estejam na linha de pensamento e na agenda do programa do partido, com uma componente maior ou menor do ponto de vista ideológico. Nós somos os dois sociais-democratas e por isso não podemos ter objetivos muito diferentes um do outro. O que eu acho é que defendo uma forma diferente de atingir esse objetivo, e com uma vantagem: tenho três maiorias absolutas, e é isso que fica para a história. O Virgílio Macedo coleciona três derrotas. Essa é a diferença entre nós.

Eu não sou um derrotado e trabalho sempre para ganhar. Sempre consegui com maior ou menor dificuldade explicar as minhas ideias e projetos e sempre consegui implementá-las, por isso, quero levar para a distrital a minha cultura de vitória e de trabalho em equipa. Quero relançar o PSD com metodologias das quais ele desistiu para o fazer de novo um partido vencedor. Tenho 23 anos de militância, 9 anos como presidente da câmara, ocupei vários cargos no PSD…portanto tenho experiência mais do que suficiente para conhecer o partido. Enquanto presidente de câmara estive oito anos a trabalhar com o interior do distrito, o Vale de Sousa em primeiro ligar e depois o Tâmega, trabalho agora com a área metropolitana do Porto, ou seja, conheço os principais problemas de todos os concelhos do distrito.

Não quero dizer que sou melhor do que ninguém, mas estou certamente ao nível de um grupo de militantes, que não há de ser grande, que conhece bem o distrito do Porto.

Mas acha que é esse conhecimento do território que está a faltar?

Acho que está a faltar alguém que conheça o distrito e que esteja no terreno. E desde logo digo que não querendo ser deputado, já tinha anunciado que não me candidato para esse lugar, se vencer as eleições serei um presidente presente.

 

Leia a entrevista na íntegra na edição em papel de 6 de dezembro ou subscreva a assinatura no nosso site.