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Nos últimos dias o mau tempo provocou alguns estragos em várias freguesias do concelho, com pequenas situações de inundações, quedas de muros, árvores e sinais de trânsito.

Em Gandra, a chuva e o vento que se fizeram sentir nos últimos dias, provocaram a queda de uma árvore com mais de 30 metros de altura na rua central de Gandra. O incidente provocou estragos avultados em 4 viaturas de um stand de automóveis.

O incidente aconteceu por volta das 16h, da passada sexta-feira, dia 26 de dezembro e deixou a rua Central de Gandra, estrada que faz a ligação à freguesia vizinha de Campo, parcialmente condicionada por algumas horas. Um eucalipto com uma altura superior a 30 metros tombou com a força do vento e foi cair em cima de 4 viaturas de um stand de automóveis que ali se encontra localizado.

O proprietário do estabelecimento foi alertado de imediato para a situação e quando chegou ao local encontrou 4 das cerca de 12 viaturas que tinha expostas no exterior do stand bastante danificadas. Simão Pereira, que se encontrava no Porto na altura do incidente, acorreu de imediato e no local começou a fazer contas ao prejuízo. O proprietário fala num prejuízo de cerca de 60 mil euros. “Tenho um prejuízo na ordem dos 50 a 60 mil euros”.

A árvore que caiu e provocou os estragos nos 4 automóveis das marcas volvo, mercedes, audi e renault, com cerca de 30 metros de altura, estava já em risco de tombar há vários dias. Três dias antes do incidente os bombeiros foram chamados ao local pelo proprietário do stand de automóveis que temia que a árvore tombasse a qualquer momento. “Já tinha alertado os bombeiros para a possibilidade da árvore cair. Eles vieram cá na terça-feira e a árvore já estava a tombar. Durante a semana andei a apanhar árvores e ramos que foram caindo na estrada”.

Mas Simão Pereira garante que os bombeiros observaram e garantiram que não havia risco que o eucalipto tombasse. O dono do terreno de onde a árvore caiu entendeu o mesmo e o vento forte que se fez sentir nos últimos dias levou a que o eucalipto fosse definitivamente arrancado do chão e provocasse estragos nos automóveis.

“Os bombeiros garantiram-me que contactaram os seus superiores, mas que não tinham recebido nenhuma ordem para resolver a situação e, por isso, não puderam fazer nada. Mas também me disseram que não havia perigo nenhum. Alertamos inclusivamente o dono do terreno onde estava a árvore, mas também ele não quis saber da situação”, garante o lesado.

A situação não é nova já que durante a semana foram muitas as árvores retiradas daquela estrada que caíram por causa do mau tempo. No mesmo terreno existem vários eucaliptos da mesma altura, que devido à chuva e vento forte dos últimos dias corriam o risco de cair. A população local e os moradores das casas mais próximas ao terreno já tinham alertado os bombeiros para o risco que representavam para a segurança pública. Contudo, nada foi feito.

“Podia ter ferido alguém”

Simão Pereira começa aos poucos a limpar os vidros partidos e a retirar os automóveis para ser removida a árvore. No meio do azar Simão ainda teve sorte porque dias antes, naquele mesmo sítio, estavam expostas 4 viaturas muito mais valiosas, que acabaram por ser retiradas. Ainda assim, a revolta e a indignação do proprietário do stand eram evidentes, já que a situação podia ter sido evitada.

“Acho incrível que mesmo depois de termos chamados os bombeiros e alertado as autoridades competentes nos terem garantido que isto não ia acontecer. Por acaso não feriu ninguém, mas podia ter acontecido. Há dias tínhamos ali expostos naquele sítio carros bem mais caros e por acaso resolvemos mudá-los. Foi a sorte porque o prejuízo agora seria muito maior”.

A proteção civil esteve no local para fazer o auto da ocorrência, mas segundo o que o proprietário nos garantiu, nem mesmo esta se responsabilizou pela retirada da árvore do local. “Contactei a proteção civil que fez o auto da ocorrência, mas disseram que não iam ser eles a retirar a árvore”.

O proprietário do terreno também já tinha sido contactado pelo lesado. Pediu apenas que lhe fossem entregues as fotografias das viaturas danificadas e uma avaliação do valor em causa. O mesmo terá agora de se responsabilizar pelos danos provocados nas 4 viaturas.

Ao final da tarde a árvore já tinha sido retirada do local.