Cor(p)o Metropolitano reuniu mais de 500 vozes no Multiusos de Paredes
No dia 11 de novembro o Pavilhão Multiusos de Paredes foi palco de um concerto que reuniu “mais de 500 vozes”, dos sete aos 89 anos, da comunidade dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP).
O coro polifónico e intermunicipal, resultante do projeto Cor(p)o Metropolitano, apresentou um espetáculo que reflete “o olhar deste Corpo sobre si mesmo e sobre as partes que lhe dão forma”.
As mais de 500 pessoas que constituem o Cor(p)o Metropolitano representam, segundo a organização, um “projeto alimentado pela dedicação e pelo compromisso de todos os seus intervenientes – participantes, equipas técnicas e artísticas”. Os intervenientes iniciaram o processo de trabalho no mês de abril, através de sessões exploratórias de criação.
O projeto, desenvolvido no âmbito da iniciativa MATER 17, tem como um dos seus principais objetivos a “promoção da criação artística como fator de participação, inclusão e acessibilidade”.
Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente do Conselho Metropolitano do Porto, destaca que “é mais que um grande coro: é uma viagem ao território conduzida pelos rostos e pelas vozes de muitos dos que nele habitam, uma verdadeira odisseia renovada a cada edição, a cada processo de trabalho, a cada convocatória, sem que a memória e a identidade dos lugares e de cada comunidade sejam, em todos os momentos, revisitadas, redescobertas ou celebradas – em palco e fora dele”.
O presidente realçou a importância de “renovar em 2023 a aposta da Área Metropolitana do Porto na valorização em rede da Cultura, através de uma iniciativa que dá forma – e corpo – à generalidade dos princípios orientadores da Carta Metropolitana para a Cultura 2023-2028, nomeadamente os que incidem no investimento, no estímulo e na promoção da criação artística como fator de participação, inclusão e acessibilidade”.
Acrescentou que “é nesse sentido que afirmamos, com orgulho confessadamente imoderado, que este é um projeto que aponta, desde a sua conceção em 2021, a direção que queremos continuar a seguir, por caminhos rasgados a várias mãos, rumo a futuros plurais, diversos, inclusivos e abertos, onde todas as vozes se podem fazer ouvir e, mesmo em dissonância, ser coro”.
Mauro Rodrigues, da Concepção e Coordenação de Projeto explica que “em 2023 lançamos pés, mãos e voz e fomos à procura de um sentido, algo que partisse não de um olhar para fora, mas antes agora um olhar para dentro. Para dentro do processo criativo, mas da mesma forma para dentro de cada um enquanto indivíduo”.
O projeto “Cor(p)o nasceu, seguindo o desafio lançado em 2021 pela Área Metropolitana do Porto, os cantares das gentes destes dezassete municípios ofereceram o sopro da vida a este projeto artístico”.
Nesta união sinérgica “os diferentes membros deste Corpo juntaram forças, tornando-se Cabeça, Tronco, Membros e Sentidos para cantar da alma de toda uma região. O pulsar dos seus corações marca o ritmo coletivo numa partilha de uma matriz comum, o nosso Cor(p)o. E esta vida estava criada”.
Reforçou que “encontramos muitos sentidos, em direções até opostas, mas acabamos uma vez mais a ser Corpo, ou melhor, a ser Cor(p)o Metropolitano”.