Críticas à UNIR multiplicam-se após confusão no seu primeiro dia útil

Arrancou no dia 1 de dezembro, a UNIR e as críticas começaram antes do primeiro autocarro entrar em circulação. A falta de horários era a principal preocupação dos utilizadores que viram o seu desejo realizar-se já muito em cima da hora.
Para agravar a situação, as novas linhas e os novos horários vieram criar confusão por parte de quem os utiliza, visto que segundo, Maria Santos de 45 anos “as pessoas não sabem nada e o que sabem não entendem. Eu ainda não percebi como vou apanhar o autocarro para o Porto como faço sempre, porque mudaram as paragens e ainda não me adaptei ao novo horário”.
O objetivo da nova rede de transportes da UNIR, é simplificar o modo como os cidadãos da área metropolitana do Porto se movem, mas os primeiros dias estão a ser “o verdadeiro caos”.
As redes sociais do nosso jornal depressa se encheram de críticas à nova rede de transportes. Entre as principais críticas sobressai a confusão nos horários, a dificuldade na seleção da linha e os locais onde apanhar o autocarro pretendido. Adriano Jordão afirma que “Des(unir) é mais correto” e Antónia Pinheiro diz que “essa empresa deveria ir abaixo. Queremos de novo a VALPI e mais nada”.
Esta segunda-feira, dia 4 de dezembro as críticas subiram de tom, por não haver autocarros a cumprir as linhas, o que levou muitos jovens a chegarem atrasados às aulas e muitos deles acabaram por faltar.
Luísa Sousa, tem 15 anos e na passada segunda-feira acabou por faltar às aulas por não ter passado o autocarro na sua habitual paragem e relatou a situação: “foi-me dito que não iria haver grandes mudanças então fui para a paragem como de costume, mas o certo é que o autocarro não apareceu. Acabei por perder as primeiras aulas porque não tinha forma de chegar à minha escola de outro modo”.
Maria Oliveira abordou que teve que ligar a uma colega para conseguir chegar esta manhã à CESPU “eu esperei mais de meia hora na paragem e todos os autocarros que passaram aparecia ‘sem serviço’ e tive de ligar à minha colega para me vir buscar para chegar à universidade”.
Alexandrina Dias critica o facto de na sua opinião o sul concelho de Paredes continuar esquecido no que toca a ligações de transportes “Isto é um palhaçada, cada vez o sul do concelho está pior”.
A Câmara Municipal de Paredes emitiu um comunicado a explicar a situação e a pedir desculpa aos paredenses: “as linhas da UNIR que faziam as principais ligações do Concelho de Paredes com as escolas não foram realizadas. Em contacto com a AMP – Área Metropolitana do Porto e com o operador foi nos reportado que os motoristas não fizeram esses transportes enquanto não esclarecessem algumas questões relacionadas com o horário de trabalho”.
O comunicado destaca ainda que a “empresa ALSA transmite-nos que a situação ficou regularizada ainda no dia 4 de dezembro”.
O Município de Paredes lamenta e já fez ver à empresa e à Área Metropolitana do Porto que “esta situação é inadmissível. Uma coisa era haver alguns transtornos, típicos do início de uma nova operação, outra coisa é uma falta generalizada de transportes. Apesar da responsabilidade pelos transportes ser da AMP, o Município de Paredes pede desculpa a todos os paredenses que foram prejudicados por esta falha na operação”.