Joaquim Barbosa quer deixar o clube ao fim de 16 anos

Joaquim Barbosa quer abandonar a direção do Rebordosa Atlético Clube, no final da época, e ainda não foram apresentadas novas listas para os corpos sociais do clube. Na última Assembleia Geral, no dia 23 de maio, Joaquim Barbosa garantiu que “chegou a hora de sair” e mostrou-se apreensivo com o futuro do clube.

Já em julho do ano passado Joaquim Barbosa assumia, numa assembleia geral do Rebordosa Atlético Clube, que era chegada a hora de sair. O ainda presidente do RAC manifestou, na altura, perante os sócios a intenção de abandonar a direção do clube, a que está ligado há mais de 16 anos.

Já em julho ao ano passado a direção do clube manifestou a vontade de deixar os comandos da formação rebordosense, mas numa assembleia geral onde também se discutiu a situação financeira e a participação dos sócios nas decisões da estrutura desportiva não foram apresentadas listas para os corpos sociais e direção do Rebordosa.

Na ausência de interessados foi votada e aprovada, na mesma assembleia, uma proposta para a continuação da atual direção, por mais um ano, e agendada uma assembleia eleitoral para março deste ano.

Dois meses depois da data inicialmente avançada, órgãos diretivos e sócios reuniram-se no auditório da A Celer para decidir definitivamente o futuro do clube. Ainda assim, e apesar de Joaquim Barbosa se ter mostrado disponível para ajudar os próximos responsáveis na gestão do clube, nenhuma lista foi apresentada.

“Não apareceu direção nenhuma e é ponto assente que não vou continuar. Já há 16 anos que estou no clube e já fiz o meu trabalho. Falei com três pessoas que poderiam assumir a presidência da direção, mas neste momento nenhum tem disponibilidade de assumir essa responsabilidade”, informou o presidente do RAC.

Joaquim Barbosa sublinhou que o clube se encontra num “vazio” e, perante a possibilidade de não haver interessados em assumir a direção, não escondeu a desilusão pela “descrença” dos sócios.

“Não vejo isto com bons olhos. O clube encontra-se num vazio. A situação é muito negra”, notou o dirigente, acrescentando, “os baixos resultados também desmotivaram as pessoas e os sócios a acreditar no projeto. Temos jogado para nos mantermos nesta divisão e isso não atrai os adeptos. Mas tem de aparecer alguém com condições para continuar”.

A decisão foi novamente adiada, desta vez para o dia 6 de junho, dia em que se realiza uma nova assembleia geral onde deverão ser apresentadas as listas para os órgãos sociais do clube. “É uma assembleia de responsabilidade onde todos devem dar ideias e apresentar soluções para que o RAC continue. Por isso apelamos aos sócios para que apareçam e ajudem a definir o projeto dos próximos anos”, sublinhou Joaquim Barbosa.

O impasse na direção do RAC arrasta-se há mais de um ano. Os membros da atual direção já queriam ter ido embora, mas a ausência de substitutos determinou que continuassem por mais uma época. Os responsáveis têm vindo a sublinhar a falta de interesse dos sócios e a atribuir responsabilidades à massa associativa.

“O problema do RAC não é o dinheiro. As contas estão equilibradas e não há grandes dívidas para liquidar. A situação é negra porque não há quem queira assumir responsabilidades”, terminou Joaquim Barbosa.

Na assembleia geral do dia 6 de junho serão dissipadas as dúvidas. No caso de não serem apresentadas listas para os corpos sociais do RAC o clube voltará a adiar a eleição até que surjam interessados. A única certeza que fica é que Joaquim Barbosa não quer continuar.