UNIR: Alexandre Almeida contava com “alguns” transtornos

À margem de um evento Alexandre Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Paredes, explicou à imprensa que defendeu sempre que “numa primeira fase devíamos manter as mesmas linhas e depois numa segunda fase fazermos um aumento. Eu já estava a contar com alguns transtornos, o que é normal tendo em conta que esta operação é feita há tantos anos, até determinada data e depois começa uma outra. É natural que com um desconhecimento dos motoristas, com novas rotas e esta interligação com os outros municípios que houvesse desfasamentos”. 

Porém garante que foi apanhado de surpresa pela dimensão dos problemas: “não estava a contar, com uma desorganização tão grande. Na segunda-feira, quando os motoristas deviam estar na rua a fazer as rotas, estavam na empresa reunidos ainda a discutir questões laborais. É inadmissível. Eu compreendo que alguns funcionários eram de uma empresa, até dia 30 estavam a trabalhar nela e no outro dia passaram para outra empresa. É natural que haja falta de comunicação. Agora, não estava a contar que na segunda-feira de manhã não houvesse transportes porque os motoristas estavam a discutir questões laborais em vez de estarem no terreno. Na parte da tarde, melhorou um bocadinho”.
Conta ainda aos jornalistas que “na terça-feira de manhã, estivemos no terreno na Escola Básica e Secundária de Cristelo e já se via mais autocarros, mas mesmo assim com muitas falhas.
Explica ainda a atuação do município: “Já tínhamos reunido com a empresa e com a Área Metropolitana do Porto, mas na segunda-feira voltamos a fazê-lo, apesar desta não ser a nossa função porque isto é um contrato entre a AMP e a empresa. Da reunião resultou que a empresa, até ter todos os autocarros, numa fase inicial vai recorrer a alguns serviços subcontratados à própria VALPI e à própria Pacense. Eu penso que esteja a resultar porque no dia 6 de dezembro já há mais autocarros a circular. O que é certo é que este é um serviço que deveria estar operacional no dia 1 e não está e só espero que com o passar dos dias e com as férias de natal a situação fique operacional”.
A AMP anunciou em março o lançamento desta nova forma de mobilidade, prometendo modernizar linhas que existiam desde 1948, apresentou uma imagem moderna e única para todos os concelhos. Mas na verdade, esta alteração que foi apresentada com oito meses de antecedência demonstrou uma falta de planeamento e ajuste à realidade. 

Nas redes sociais a Área Metropolitana do Porto garantiu que está a acompanhar a situação e que está a trabalhar no sentido de resolver todos os constrangimentos.
A Unir usa o sistema Andante e também aqui houve queixas de pessoas que não tinham onde carregar os passes ou comprar bilhetes. Informação sobre o Andante indica que se podem adquirir títulos nas lojas Andante, que em Paredes não há; nas máquinas de venda automáticas, que para já só existem nas estações e apeadeiros da linha de comboio; e em Payshops, sendo que nem todas as freguesias têm Payshops, tendo-as nem sempre estão abertas nos horários em que as pessoas podem precisar de um bilhete. Ao Progresso de Paredes chegou ainda a informação que os validadores não estão operacionais.
Há ainda autocarros a circular com folhas A4 impressas e coladas no vidro com o destino do mesmo, outros que as mensagens escritas nos autocarros estavam escritas em sueco. 

No site da Unir surge agora uma mensagem a informar a reformulação dos horários de vários lotes, como o Lote 2, onde se inclui o município de Paredes e ao tentar aceder aos horários a mensagem que aparece é: “Brevemente”. Não há informações de rotas, nem horários, apenas o número das linhas e o nome do operador anterior que as garantiam, a ligação no site que promete informações sobre as paragens e as rotas, está indisponível.