Amândio Ribeiro: Vota em Mim!

a opinião de Amândio Ribeiro
Palavras de Bolso
Campanha eleitoral é isso mesmo, apelo desmedido e ardiloso ao voto.
Tudo em busca do poder. Mas do poder pelo poder, não pelo beneficio do povo.
Apostando na desinformação, no desinteresse da maioria da população e tornando as eleições num campeonato entre clubes políticos.
Aposta-se na iliteracia da população, nos seus medos e necessidades, oferecendo uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Discursos ocos e reveladores de ignorância sobre os assuntos que abordam.
É a campanha da insensatez, despudor e falta de vergonha.
Por isso é fácil compreender porque razão se deve insistir na educação da população, o melhor que puder ser. Isso pode servir para que todos intervenham ao longo da má governação, exigindo aquilo que é necessário e o que foi prometido e nunca é cumprido. A população tem de estar sempre alerta e exigir que os políticos cumpram aquilo que prometeram nas suas campanhas eleitorais e que nunca efetivaram.
Os ordenados absolutamente imorais e inadmissíveis que muitos gestores têm, não são razoáveis. Cada partido mais dominante, coloca no governo os «boys» que lhe interessa. É verdade que isso acontece com a colaboração dos eleitores que os mandataram para isso. Mas se os eleitores fossem mais instruídos não se deixariam enganar tão facilmente como os menos instruídos, a não ser que sejam de memória «curta». Como é que num país como o nosso, à beira da miséria, os gestores podem ganhar mais do que os dirigentes nacionais e estrangeiros, especialmente os dos países mais industrializados do mundo? Como são escolhidos esses gestores?
Os Deputados, os Ministérios, as Secretarias de Estado, Chefes de Gabinete, Secretariados, Gabinetes de apoio, abundam em substituição de Parlamentos e Governos mais reduzidos com simples Diretores-gerais que existiam antigamente. Quanto ganham e que mordomias têm todos esses «boys» do Estado? Para que servem a não ser para distribuir favores? Que rendimento dão ao contribuinte que os sustenta à custa da sua magra reforma que nem chega para a bucha que deixa de comer?
São “boys” a mais, todos esses Deputados, Gestores, Diretores e Presidentes das inúmeras «Empresas» e “Organismos” que começaram a abundar nos últimos anos. Essas empresas dão prejuízos que se cobrem com o aval ou os dinheiros do Estado, isto é, do contribuinte. Entretanto, os seus competentes e insubstituíveis gestores ganham prémios anuais para além dos esbanjamentos que são feitos com os seus ordenados e com as benesses que lhes são atribuídas.
Aumentaram os desperdícios e tudo o que deveria ser evitado para melhorarmos a nossa economia foi relegado a favor das “contas certas”.
Parece que tudo isto é fado, o nosso. Por este motivo, digo que qualquer governo que se preze de ser minimamente honesto deve fomentar a instrução geral, melhorar o nível de saúde, aumentar a produtividade de país tornando-o capaz de exportar, proporcionar aos trabalhadores um ordenado mínimo justo para que possa fazer as suas despesas que se reproduzirão em benefício das empresas nacionais e moralizar o sector do Estado tornando-o mais ágil, desburocratizado, rápido, menos dispendioso e capaz de servir verdadeiramente o público.
Mas não deve nunca desperdiçar incongruentemente a riqueza nacional.
Existem candidatos com este perfil?
Fica à vossa consideração!