Os Jogos Olímpicos de 2024 decorreram na cidade de Paris, capital da França e juntaram mais de dez mil atletas. Os olhos de grande parte destes atletas já estão em direção ao próximo grande evento desportivo que se realiza daqui a quatro anos em Los Angeles, nos Estados Unidos da América.
A caminhada é grande e tem vários desafios até chegar ao Olimpo. Nesta edição vamos conhecer o velejador Henrique Guerra que está a começar a sua campanha em direção a Los Angeles 2028.
Em entrevista ao nosso jornal, Henrique Guerra falou sobre a sua trajetória e também sobre os desafios futuros, em especial o objetivo de se qualificar para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.
Henrique Guerra, de 25 anos, residente em Vila Cova de Carros, Paredes é um dedicado atleta de vela tendo iniciado a prática da modalidade aos 6 anos de idade. O atleta descreve-se como alguém que tem como base os princípios da resiliência, ambição, sacrifício e paixão. Henrique tem como próximo objetivo alcançar a qualificação para os Jogos Olímpicos, o que considera ser o auge de qualquer carreira desportiva.
Engane-se se considera que a trajetória vai só agora começar, pois ao longo da sua vida, Henrique tem dedicado o seu tempo a treinos rigorosos, que incluem sessões no mar, ginásio e bicicleta, sempre aliados a uma alimentação regrada. Este nível de preparação, que ele próprio descreve como um enorme sacrifício, tem como único propósito melhorar a sua performance e alcançar a excelência no desporto que ama.
Henrique Guerra já participou em várias competições por todo o país, em Espanha, França e Holanda, mas enfrenta um desafio significativo: a falta de apoio financeiro. Segundo o jovem atleta, este é o principal obstáculo que tem dificultado a concretização do seu sonho olímpico.
A vela é um desporto dispendioso pela logística que envolve nas deslocações e que sem apoios se torna difícil de sustentar. No ano passado, o atleta viu-se obrigado a regressar a casa dos pais devido à falta de financiamento, tendo até começado a trabalhar a tempo inteiro de modo a reunir mais verbas para a sua carreira desportiva.
Desde muito jovem, Henrique Guerra sentiu a atração pelo mar e pela vela. Aos quatro anos, já acompanhava o pai às regatas, onde o fascínio pela modalidade começou a crescer. “O ‘bichinho’ foi passado pelo meu pai”, relembra Henrique, que desde cedo se apaixonou pelo ambiente das competições de vela. Aos seis anos, deu os primeiros passos numa escola de vela, onde começou a aprender as bases e a experimentar as emoções da modalidade, inicialmente como uma atividade de lazer.
Não obstante já ter praticado vários desportos, Henrique afirma que “a vela foi sem sombra de dúvidas o desporto que mais mexeu comigo e que despertou uma paixão em mim como nunca antes tinha sentido”. Aos poucos, o que começou como uma diversão tornou-se uma paixão avassaladora, transformando a vela numa parte indissociável do seu ADN. Com o passar dos anos, Henrique aprofundou o seu envolvimento na modalidade, moldando a sua vida em torno das exigências do desporto. “A carreira de um atleta não é só feita de momentos bons, há também muitos momentos difíceis.
Leia a reportagem completa na edição do jornal “O Progresso de Paredes”, do dia 06 de setembro de 2024, edição nº3591.