Nos últimos tempos os bombeiros têm vindo pedir a isenção de pagamento de portagens dos veículos de transporte de doentes não urgentes. José Morais, que além de comandante dos Bombeiros Voluntários de Paredes é presidente da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto refere que “essa é uma questão quase política” para acrescentar de seguida que no caso de Paredes “pautamo-nos por um equilíbrio daquilo que são as responsabilidades e, obviamente, isso é algo que pertence à responsabilidade do órgão de gestão, a direção. Na prática tem a ver com verbas e apoios que o Estado concede”.
José Morais sublinha: “Os bombeiros portugueses sempre tiveram isenção de portagens, entretanto houve uma tipologia de veículos, designados veículos dedicados ao transporte de doente específico para não urgentes. Entenderam as concessionárias das auto-estradas (não o Estado), que esses veículos não deviam ter isenção nas portagens. Assim sendo, os responsáveis pelos bombeiros do nosso país, nomeadamente a Liga Portuguesa de Bombeiros fez uma pressão muito grande junto da Secretaria de Estado das infraestruturas para inviabilizar esse pagamento”.
E de acordo com José Morais, “a Secretaria de Estado emitiu um parecer favorável à isenção mas na prática as concessionárias não estão a aplicar. As associações têm que pagar as portagens. Isso é um custo acrescido em relação ao que já são as dificuldades do setor”.
Por agora resta esperar que as concessionárias acatem a decisão da Secretaria de Estado das Infraestruturas.