14 Maio, 2025

Novos quadros competitivos para o Futebol de Formação

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SOBRE FUTEBOL

Opinião de Juvenal Brandão, Treinador de Futebol UEFA Pro (Grau IV), Licenciado em Gestão de Desporto

Depois de abordados os quadros competitivos para o futebol sénior em edições anteriores, desta vez debruço-me nos quadros competitivos do futebol de formação.

É inegável o excelente trabalho que a Federação Portuguesa de Futebol tem feito nos últimos anos. Promoção de atletas, títulos conquistados, reputação portuguesa lá fora e demonstração clara de uma melhoria dos clubes de futebol, através de, por exemplo, certificação dos clubes.

No entanto, parece-me que as coisas são sempre feitas em função dos três grandes de Portugal e que os quadros competitivos foram reformulados para melhorar o nível dos jogadores desses clubes. Eu não concordo. É certo que muitos craques têm sido revelados nos últimos anos, mas não deixa de ser verdade que eles são sempre dos mesmos clubes. Acho que são muitos mais os outros clubes por isso parece-me que estes não são os melhores quadros competitivos. Já aqui disse que não entendo campeonatos em mais do que uma fase, mas a formação tem um carácter diferente do rendimento e posso entender pequenas nuances.

Mas, na minha opinião, equipas jogarem, na mesma época 4 vezes uma contra a outra é demais. Chega a ser cansativo, não só para quem vê, mas para quem joga. Não me parece que a motivação seja muita. Ter campeonatos em duas fases (ou três, como acontece) e reduzir pontos a meio, de umas fases para outras, não faz sentido. Se há mais do que uma fase, têm de transitar com a totalidade dos pontos (fases de manutenção).

Mas eu continuo a preferir, a 1ª Nacional de juniores com 20 equipas todos contra todos. Sendo duas zonas (Norte e Sul) ou apenas uma. Devem descer 6 equipas (3 de cada zona se forem duas zonas, ou 6 se for uma zona apenas). A 2ª Nacional pode continuar em 3 a 6 séries, mas com 18 equipas, para apurar as 6 subidas.

Nos Juvenis e Iniciados, o mesmo sistema.

Distritalmente, a 1ª Divisão teria apenas uma série (equacionar as equipas B), com 18 a 20 equipas, em que o 1º classificado subia aos Nacionais.