Rui Silva: O seu a seu dono

a opinião de Rui Silva
Português suave, sem filtro
Passados 7 anos desde que assinei a minha última crónica neste jornal quase centenário, quis o destino, e os seus proprietários, que continuam a ser os mesmos, convidaram-me a voltar a escrever uma crónica quinzenal. Efetuarei isso com o mesmo prazer de sempre e de acordo com o meu pensamento e consciência, elegendo como base temática o Concelho de Paredes e o que por cá se vai passando, obviamente sob a minha perspetiva e análise.
Durante este período de ausência, tivemos e continuamos a ter a possibilidade de assistir a um desenvolvimento sem paralelo nesta nossa terra, em que é nitidamente possível ver um antes e um depois. Mas, como diz um ditado português, o maior cego é aquele que não quer ver, e, por ser ano de eleições autárquicas, lá aparecem os habituais opositores ao poder político democraticamente eleito.
Uns, os derrotados de anteriores sufrágios eleitorais, que, em vez de refletirem sobre as razões das suas derrotas e procurarem aprender com elas, entregam-se a uma retórica falsa e vazia, que apenas fomenta a divisão e o descontentamento entre eles; outros, mais ingénuos ainda, deixam-se levar por promessas ocas e falsos endeusamentos, colocando a sua cara e carteira ao serviço dos habituais oportunistas. Como dizia um amigo meu, se não houvesse lorpas ou trouxas, o que seria dos finos?
Para mostrarem serviço e agradarem a meia dúzia de fiéis incautos, servindo-se de um falso anonimato, e covardemente não mostrando a sua cara, refugiam-se atrás de um teclado, e lá vão desferindo ataques pessoais, utilizando uma imaginação mentirosa. Desta forma, procuram demonstrar serviço, e correr atrás de mais um apoio ou patrocínio, para sacar algum e alimentar a sua sobrevivência terrena, em vez de arregaçarem as mangas e contribuírem para o desenvolvimento deste Concelho. Preferem esconder-se atrás de um ecrã, como se fossem super-heróis disfarçados de… bem, de nada.
O que dizer das suas análises sobre a governação municipal, que são um deplorável espetáculo. Supostamente conhecem melhor cada pormenor ou detalhe da vida dos eleitos, do que os da sua própria vida. Estes críticos, traiçoeiramente sob o anonimato, fazem lembrar alguns comentadores de futebol, que nunca tocaram numa bola na vida, criam um mundo de ilusões, onde eles se apresentam como campeões da verdade, enquanto na realidade eles reúnem mais possibilidades de ganharem o Euromilhões, do que serem eleitos pelos seus conterrâneos.
Agradeço o vosso tempo e, feliz por este regresso, daqui a 15 dias volto com novidades.