FUTURO. Os estudantes de Paredes vão ficar a conhecer a realidade do mercado de trabalho existente no concelho, de forma a terem opções de futuro para a sua vida. A iniciativa é levada a cabo pela Autarquia, ASEP (Associação de Empresas de Paredes) e nesta primeira fase o Agrupamento de Escolas de Vilela.
NUNO M. SILVA
O presidente da ASEP, Silvestre Carneiro, o vereador da Educação da Câmara Municipal de Paredes, Paulo Silva e o diretor do Agrupamento de Escolas de Vilela, Albino Pereira, promoveram uma visita a uma empresa de mobiliário a ARC, em Rebordosa, com alunos e professores de duas turmas do Ensino Secundário, a frequentar os cursos profissionais na Escola Secundária de Vilela, com o intuito de sensibilizar os jovens estudantes para o contexto real do mercado de trabalho, dando-lhes a conhecer, no terreno, as oportunidades de emprego no concelho de Paredes, nos diferentes sectores de atividade.
As três instituições (ASEP, Município e Escola Secundária de Vilela) estão a realizar um projeto-piloto denominado ” A Vida à Porta”, alertando os estudantes para a necessidade de profissionais qualificados, em diferentes áreas, para que possam adquirir competências, aprender uma arte e receber a formação e a ajuda adequada das empresas para, futuramente, integrarem o mercado de trabalho local.
“Conhecer a realidade”
Segundo o vereador Paulo Silva a ideia é generalizar este projeto a todos os agrupamentos escolares do concelho.
Para o autarca era necessário “começar por algum lado, mas a vontade que temos é de alargar este projeto a outras escolas. A ideia é dar a conhecer a realidade laboral do concelho de Paredes”.
Paulo Silva referiu ainda que “nesta primeira visita viemos a uma empresa da área do mobiliário mas a ideia é abrir estas visitas a outras áreas e, dessa forma, dar a conhecer aos jovens as variadas ofertas e oportunidades de emprego que têm no seu concelho”.
O vereador paredense sublinha a importância da ação, sublinhando que o futuro dos jovens do concelho estará assegurado com as variadas ofertas de empregabilidade existentes. Paulo Silva afirma que “não temos nada contra a que façam experiências fora, mas queremos mostrar que aqui na sua terra têm oportunidades e de qualidade. Pretendemos mostrar hoje que a indústria do mobiliário é moderna e atrativa”.
Ainda segundo Paulo Silva “hoje a maior parte das máquinas e da indústria precisa de informática e no caso desta visita, a maior parte destes jovens está ligado à informática. Estamos a abrir horizontes, e isso é o que se pretende”.
Paulo Silva sublinha ainda: “Para já esta fase é com alunos do ensino profissional, uma vez que estão mais vocacionados para no fim do 12º ano entrarem no mercado de trabalho mas queremos abrir a todos os estudantes de todos os agrupamentos do concelho”.
O vereador relembra que estes estudantes “podem fazer caminhos paralelos, vir aqui trabalhar, ganhar conhecimentos e nestas empresas existe a possibilidade de progressão. Podem ao mesmo tempo combinar o estudo e tirar uma licenciatura e, quem sabe, conhecendo o processo todo de raiz um dia chegar ao topo. O que estamos aqui a fazer é um abrir de expetativas, dar novos horizontes. Mostrar que no concelho onde vivem e onde nasceram há um mundo de oportunidades“.
“Fazer escolhas”
Já Albino Pereira, diretor do Agrupamento de Escolas de Vilela e criador do nome deste projeto “A vida à porta”, sublinhou: “Nós precisamos de dar a conhecer aos jovens as oportunidades que têm na zona onde vivem. É muito importante que possam fazer escolhas, mas têm que as conhecer e, por isso, faz sentido este tipo de visitas; ver o que existe de oferta no mercado de trabalho”.
O professor refere que os alunos do ensino profissional do agrupamento de Vilela já experimentam o ambiente laboral, mas este projeto visa dar a conhecer outras realidades: “Os nossos alunos dos cursos profissionais já desenvolvem formação em contexto de trabalho, mas o que conhecem é apenas a realidade da empresa onde são colocados a fazer a formação. Aqui podem contatar com outras realidade e, dessa forma, alargar o seu leque de escolhas para o futuro. O importante é perceberem que escolhas podem fazer”.