Entrevista: Filipa Nogueira emociona nas Provas Cegas do The Voice Kids

Filipa Nogueira pisou pela primeira vez o palco do The Voice Kids com um brilho nos olhos e o coração aos saltos. Desde pequena que cantar é o seu refúgio, mas agora, aos 8 anos, o talento que começou nas brincadeiras com a irmã Vicky e a gata Mia, chegou à televisão nacional.
“Era o meu maior sonho”, confessou Filipa, entre sorrisos nervosos da sua estreia no programa da RTP. Com uma interpretação sentida de Gosto de Ti, de David Carreira e Sara Carreira, a jovem cantora conquistou logo Nena e Cuca Roseta, que viraram as suas cadeiras. Emocionada, escolheu Nena como mentora por sentir que o estilo musical da artista se aproxima mais do seu.
Filipa descreve a experiência como “muito diferente de cantar em casa”, onde se sente descontraída. “No palco, é outra coisa… estava muito nervosa”, revela. Ainda assim, não esconde a alegria de viver cada momento nos bastidores: “Adorei a parte das maquilhadoras. Era só piadas, era superdivertido!”
Apesar de não ter formação musical, a jovem já demonstra maturidade artística, tendo sido ela própria a escolher as músicas com que se apresentou nos castings. A mãe, que a inscreveu em segredo, surpreendeu-a com a notícia durante um jantar em família. “Chorei muito. Abracei a minha mãe e disse: ‘É o meu maior sonho!’”, recorda Filipa com emoção.
Na escola, a notícia correu depressa. Primeiro, contou às amigas mais próximas. Depois, foi a professora que a ajudou a partilhar com a turma. “Ficaram todos muito felizes. Agora até há colegas que querem participar também!”
Além da música, Filipa sonha ser arquiteta, mas já começa a ponderar inverter os papéis. “Queria ser arquiteta e cantora nas horas vagas. Agora acho que vai ser ao contrário”, afirma com confiança.
Se vencer o programa, Filipa representará Portugal na Eurovisão Júnior, um sonho que ainda está a digerir. “É uma coisa muito grande! Tipo os Jogos Olímpicos da canção”, explicaram-lhe. “Vai ser incrível!”, diz, ainda sem perceber bem a dimensão do palco europeu.
Por agora, o que mais a move é a paixão por cantar e o apoio da família, sobretudo da sua gata, Mia, que bate palmas com as mãos nas pernas ao som da sua voz. “É a forma dela dizer que gosta”, diz Filipa, com ternura.
A nota final para esta experiência? “De zero a 10? Dou 10. Foi mesmo incrível”, garante. E com a mesma sinceridade com que canta, Filipa deixa uma certeza: “Quero continuar. Mesmo com nervos, eu adoro estar lá.”