Talhô e Rebolido celebram a cultura com a Marcha de Ângela Costa

A responsável pela Marcha de Talhô e Rebolido começa por relembrar a primeira Marcha que saiu “orgulhosamente a cargo da sra minha mãe, Maria José Leal Teixeira Costa, que cultivou em mim este amor que não se explica. Era uma marcha com pessoas de várias ruas que se juntavam na Aguieira (onde morávamos na altura) e saíam em direção ao adro da nossa igreja. Foi um início simples, mas cheio de alegria e bairrismo. No ano de 2005 eu casei e os meus pais mudaram-se para Rebolido,e no ano seguinte, sai então a 1a marcha de Rebolido, tendo como presidentes Maria José Costa, Ana Barbosa, o Senhor Coelho e Fernando Dias”.
A Marcha de Talhô saiu pela primeira vez no ano de 2003 e depois de alguns anos, deixaram de sair à rua. Os marchantes começaram a “juntar-se a nós, até que surgiu a ideia por parte do Marco Dias de se juntarem às ruas e trabalharmos em conjunto. Foi uma decisão acertada que dura até aos dias de hoje com a presidência do Senhor Coelho, Ana Barbosa, Marco Dias e Cláudia Silva.
Ângela Costa explica que a “preparação é feita durante todo o ano. Depois do verão, começamos logo a trabalhar para pensar em ideias para amealhar dinheiro para o ano seguinte. Eu começo logo a pesquisar ideias para coreografias ,músicas… eu vivo isto muito intensamente. Temos vários encontros entre responsáveis e vamos construindo a nossa marcha”.
Com uma vasta equipa de doze pessoas, faz parte desta Marcha: “o Senhor Coelho e Ana Barbosa, Marco Dias e Cláudia Silva e depois, sou eu Ângela Costa e o meu marido Joaquim Almeida, Sara Fernandes e Fernando Coelho, Carla Coelho e Jorge Ribeiro e Patrícia Garcês e Flávio Nunes”. Acrescenta ainda que “este ano tivemos 138 pessoas envolvidas na nossa marcha, mas somos cerca de 150 no total. Infelizmente alguns por motivos de saúde ou pessoais não puderem vir este ano”.
Para um grande projeto sem fins lucrativos como este, o maior desafio é sempre “arranjar o dinheiro que precisamos para toda a logística desta festa. Nada se faz sem apoios e por isso pomos as mãos à obra e damos o corpo ao manifesto. Organizamos várias actividades, como a nossa caminhada anual, a nossa feijoada take away mensal, os passeios de autocarro, o cantar das janeiras, rifas, os maravilhosos patrocínios e os apoios da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Depois de todas estas iniciativas temos conseguido assim com ajuda de todos fazer a nossa marcha”.
Ângela Costa explica que “os temas são escolhidos depois dos figurinos porque é financeiramente impossível confeccionar tanta roupa e costumamos alugá-la. Figurino escolhido, idealizamos a marcha do ano que está por vir. Os meus colegas têm-me dado total liberdade para pensar no tema, na coreografia, na música, na letra e no cenário. Depois reunimos e entre todos, vamos limando as arestas, até que fique ao gosto de todos. Somos um grupo de trabalho excepcional e trabalhar uns com os outros é incrivelmente fácil!”.
O que distingue esta marcha das restantes, segundo a opinião de Ângela Costa é que “na minha ‘orgulhosa’ opinião, Talhô e Rebolido tem a honra de ter sempre os mesmos marchantes desde o início, isto traz estabilidade e união ao grupo. Somos um só. A nossa amizade nota-se, em cada bater do pé no chão!!Sou uma sortuda por tê-los”.
Leia a reportagem completa na edição do jornal “O Progresso de Paredes”, do dia 12 de julho de 2024, edição nº3589.