Tribunal de Paredes recebe processo de tráfico humano

A notícia que tem abalado Portugal relacionada com a Bsports Academy, sediada no concelho de Famalicão, onde esta é alegadamente suspeita de “tráfico de seres humanos” têm conexões com o nosso concelho de Paredes. No âmbito da investigação a este caso terão sido “resgatados” 114 jovens, por alegadamente terão sido vítimas de tráfico de seres humanos, mas onde, para além do que se tem sabido pela comunicação social mais sensacionalista, ainda está muito por investigar.
Segundo o que o Progresso de Paredes apurou o inquérito está a decorrer no DIAP de Paredes, onde estão a ser ouvidos os jovens como testemunhas e de onde se comandarão as diligências necessárias à investigação.
Envolvido neste caso está ainda Mário Costa, Ex-presidente da Assembleia Geral da Liga Portugal que se demitiu na sequência deste caso.
Segundo uma investigação do jornal Expresso, os jovens pagariam cerca de 500 euros para frequentar a Academia que se situa em Riba D’Ave.
Estes jovens atletas naturais de países do Extremo Oriente e América do Sul vinham para Portugal para depois ingressarem em clubes nacionais. Porém, vieram a público acusações de que alguém na Bsports reteria os passaportes de alguns dos atletas para os impedir de saírem de Portugal.
E se há relato de episódios de má alimentação e de restrições à liberdade de circulação, também vieram a público testemunhos de jovens atletas que defenderam ter tido sempre liberdade e de terem tido sempre em sua posse os passaportes, e a quem agora está a ser negado o futuro com que sonharam, e que não conseguiriam atingir através de academias mais sonantes como as ligadas a grandes clubes.
Este caso está a ser investigado pelo SEF e pelas autoridades policiais e judiciais, e encontra-se em segredo de justiça, mas o Progresso de Paredes sabe que estão a decorrer ações no Tribunal de Paredes, onde existem identificadas cerca de 47 vítimas de tráfico, sendo cerca de 36 delas menores de idade.
O que se prevê para um futuro breve é que os jovens que foram retirados da Academia sejam entregues às suas famílias, ou seja, regressem aos países de origem.
Curioso, e fica a nota, é que alguns dos jovens ouvidos eram acompanhados por adultos que seriam os seus agentes desportivos, situação que não conseguimos confirmar