Café Literário e Revista “Orpheu Paredes” celebram sete anos de cultura e resistência

Na noite de sexta-feira, 7 de março, o Centro Cultural de Paredes encheu-se de palavras, memórias e música para assinalar o sétimo aniversário do Café Literário e da revista cultural “Orpheu Paredes”. O evento, marcado pela celebração da literatura e do pensamento crítico, reuniu escritores, leitores e amantes das artes num encontro especial.
A sessão teve como ponto alto um debate conduzido pela Vereadora da Cultura, Beatriz Meireles, que contou com a participação do historiador Joel Cleto, da poetisa Francisca Camelo e da Chefe de Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Paredes, Antónia Silva. Em conjunto, refletiram sobre a importância da literatura na identidade cultural da região e sobre o papel da “Orpheu Paredes” na divulgação de novos talentos e na preservação da memória coletiva.
A celebração incluiu ainda um café-concerto-literário protagonizado por Yvette Soares e Ricardo de Barros, criando uma atmosfera íntima onde a poesia e a música se entrelaçaram. A apresentação da sétima edição da revista foi acompanhada por uma homenagem à escritora Maria Teresa Horta, uma referência incontornável da literatura portuguesa e da luta pelos direitos das mulheres. A noite culminou com uma leitura encenada das Novas Cartas Portuguesas, interpretada pela voz de Simão Luís e pela guitarra de João Canedo, num momento carregado de emoção e simbolismo.
A edição especial de aniversário do Café Literário reuniu alguns dos autores que, ao longo dos últimos sete anos, deram vida ao projeto. Entre testemunhos e partilhas, ficou evidente o impacto da iniciativa na promoção da literatura local e na criação de uma comunidade de leitores apaixonados.
Beatriz Meireles, Vereadora da Cultura destacou a importância da persistência e do entusiasmo que têm sustentado o projeto ao longo dos anos: “Sempre crescemos e resistimos, como um poema que se recusa a naufragar. Hoje celebramos sete anos, mas sabemos que há ainda mais árvores a plantar, mais mares a navegar. Nesta sexta-feira, estaremos juntos, entre palavras e sonhos, entre luz e sombra, fazendo da cultura um lugar de permanência.”
Com uma plateia envolvida e uma programação que cruzou literatura, música e reflexão, a noite deixou a certeza de que tanto o Café Literário quanto a revista “Orpheu Paredes” continuarão a ser marcos incontornáveis da vida cultural do concelho.